No domingo (11), a Inglaterra buscará o seu primeiro título Europeu, com a vantagem de jogar em Wembley, diante de sua torcida.
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No domingo (11), a Inglaterra buscará o seu primeiro título Europeu, com a vantagem de jogar em Wembley, diante de sua torcida.
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Continue lendoPor Thales Almeida e Sérgio Kendziorek
Principalmente os argentinos e napolitanos, mas também todos que apreciam o bom futebol sofreram com a morte de Diego Armando Maradona, recentemente, em 25 de novembro de 2020.
Não é fácil definir a carreira ou a personalidade do craque argentino, mas podemos afirmar com certeza que ele não teve uma vida calma, ao contrário, marcada pelos extremos. Ídolo máximo do futebol e a luta contra a doença das drogas e do álcool. Para contar todas as suas histórias e resenhas seria preciso uma coleção de livros.
Chamado pelo povo argentino como “El Diego”, em sinal de intimidade e proximidade e ao mesmo tempo como uma pessoa totalmente única. Maradona teve origem muito humilde e uma ascensão meteórica.
Muito jovem, apareceu para o mundo no Argentino Jrs (1976). Apesar de pouca idade, foi convocado para o grupo preparatório para Copa do Mundo de 1978, mas acabou preterido pelo técnico Menotti.
El Pibe de oro, então com 17 anos (faria 18 naquele ano), foi cortado antes da Copa, apesar de já despontar como craque para o mundo e talvez o melhor daquele selecionado.
”Errei ao não levá-lo, mas depois fomos campeões e ninguém disse nada”, admitiu Menotti, técnico da Seleção, em 2017, para um jornal local. Maradona nunca perdoou El Flaco, (como Menotti é conhecido até hoje), pois se fosse àquela Copa, seria campeão com 17 anos, tal como Pelé.
Após o Argentino Jrs, Diego se transferiu para o Boca Juniors (1981), seu clube do coração, ficando apenas uma temporada antes de se transferir ao Barcelona.
Na Copa de 1982, a primeira de Maradona, a Argentina jogou muito mal, atormentada com a Guerra das Malvinas que ocorria na mesma época.
Nessa Copa, Maradona, como toda a seleção argentina, tiveram participação apenas discreta. Diego acabou expulso na partida contra o Brasil, que culminou na eliminação de sua seleção.
Contratado e recebido como grande ícone daquele time, não conseguiu corresponder às altíssimas expectativas.
Com Maradona, o Barça ganhou uma Copa do Rei, fazendo brilhante final contra o Real Madrid.
Mas acabou saindo pela porta dos fundos, colecionando em dois anos na Espanha: uma hepatite, tornozelo lesionado e briga com a torcida e presidente do clube.
O maior destaque na Catalunha para a vida do atleta foi seu início com as drogas, como o próprio jogador afirmou em sua biografia.
Maradona, com certeza, mudou a história do clube napolitano e viveu seu auge na carreira. Ganhou títulos importantes, fez uma dupla de ataque incrível com o brasileiro Careca. Mas, ainda no Napoli, começou o declínio de sua trajetória.
Convenceram Diego a jogar pelo time italiano, exaltando o fanatismo de sua torcida, porque a verdade era que, apesar de tradicional, o time era modesto. Na própria contratação e com a urgência de registrar Maradona como jogador do Napoli, o presidente do clube registrou o atleta entregando um envelope vazio, dizendo ser o contrato. Após conseguir pagar ao Barcelona, correu e trocou os envelopes com o documento verdadeiro.
Em 86 a Argentina terminou bicampeã do mundo, tendo feito a final contra a Alemanha Ocidental. Placar de 3×2, nenhum gol de Maradona.
Maradona fez partidas e gols sensacionais, como contra a Bélgica, porém
o jogo símbolo dessa Copa foi, definitivamente, nas quartas de final, em que derrotaram a Inglaterra por 2×1.
Maior gol da história das Copas
Os argentinos saíram com a sensação de vingança após a humilhação trágica na guerra das Malvinas em 1982.
Alguns jogadores daquela seleção deveriam ter servido ao exército na guerra e acabaram dispensados por conta do futebol. Outros perderam amigos e familiares na guerra. Ou seja, aquela partida não era só uma partida de futebol, valia muito mais.
E ainda os dois gols de El Diego foram espetaculares. Simplesmente o gol da famosa “mão de Deus” e o gol mais bonito da história das Copas.
Aliás, a famosa frase não é de Maradona, mas sim de um jornalista que teria dito na saída do jogo: “Diego, se o gol foi de mão, teria sido a mão de Deus?”. Pelo que Maradona confirma: “Sim, foi a mão de Deus”.
Em 1986 Maradona estava no auge técnico e avançando com as drogas, principalmente cocaína.
A relação com a depressão e as drogas (não necessariamente nessa ordem) deu início quando, ainda em Barcelona (1983), fraturou o maléolo (ossinho da lateral do tornozelo) e rompeu os ligamentos do tornozelo esquerdo.
Em Nápoles, Diego se aproximou da máfia italiana Camorra, uma das mais poderosas dos anos 80, como conta o documentário da HBO “Diego Armando Maradona – Rebelde, Herói, Vigarista e Deus” (ainda inédito no Brasil).
A relação de Maradona com a família mafiosa fica clara em uma de suas declarações no documentário e reproduzida em matéria do UOL de 26/11/2020:
“Eles me colocaram em uma moto, fomos a Forcella (um distrito de Nápoles). Quando nós chegamos, a mesa para o jantar já estava posta. Tinha um rapaz perto de mim. Tudo parecia ‘Os Intocáveis’, Al Capone. Estávamos comendo e Carmine (Alfieri, um dos chefões mais poderosos da máfia italiana) disse: ‘qualquer problema que tenha será meu problema’, e disse que nos protegia em Nápoles. Para mim era tudo novo. Era como estar em um filme”.
Após 1986 começa o declínio de Maradona. Um marco importante foi o nascimento de Diego júnior, tido fora do casamento. Como se a partir dali as drogas já não superassem suas angústias. Começou a se cuidar menos e a droga virou rotina.
Entre 1989/90, Maradona começou a ficar sufocado na cidade de Nápoles. Ele tinha muita responsabilidade, como se dele dependesse o sucesso do time e da cidade inteira. Já não conseguia ir a lugar algum sem ser perseguido.
Em 1990, o Napoli iria para União Soviética, jogar contra o Spartak pela Liga dos Campeões, mas Maradona não apareceu para o embarque.
O jornalista italiano, Mimmo Carrateli, conta que a comissão técnica achou que, simplesmente, ele não queria ir. Foram até a casa dele tentar convencê-lo a embarcar (naquela época já havia desgastes com o presidente do Napoli, duramente cobrado pelas atitudes do seu maior astro). Quando chegaram à casa de Diego, ele estava inconsciente, drogado. Conclusão: a delegação foi para URSS sem Maradona, que acabou indo em seguida em um jatinho particular.
Maradona foi um dos craques da competição ocorrida na Itália, mas a Alemanha Ocidental conseguiu sua revanche e venceu a Argentina na final.
Nessa Copa eliminaram o Brasil e até hoje paira a dúvida se a água que os brasileiros tomaram estava mesmo “batizada” com alguma substância prejudicial.
Em abril de 1991, a Federação Italiana de Futebol comprovou a existência de cocaína em um exame a que Maradona foi submetido, após jogo entre o Napoli e o Bari e ficou 15 meses suspenso.
Após muita briga com o presidente do Napoli, saiu do time e foi para o Sevilha (1992/93) da Espanha, depois voltou para a Argentina e jogou pelo Newell’s Old Boys (1993/94). Sem grande destaque.
Para Copa de 1994, totalmente fora de forma, (ninguém sabe ao certo como) aproximou-se de Diego um fisiculturista chamado Cerrini, na época com 22 anos, dono de academia que prometeu ajudar no condicionamento físico de El Pibe.
Cerrini foi integrado na delegação Argentina por Maradona e, de fato, conseguiu condicioná-lo para o mundial, entretanto utilizando efedrina, substância proibida. O resultado todos conhecem. Após jogo contra a Nigéria, Maradona pego no doping e fora da Copa e último jogo vestindo a camisa de sua seleção.
Ainda se pergunta, será que Maradona teria presenteado o Napoli e a seleção Argentina com tantas vitórias se não fossem os super poderes vindos da cocaína?
Fernando Signorini, preparador físico que acompanhou Maradona de 1983 a 1994: “Diego fez bem usar drogas, se não, não teria chegado onde chegou.”
O vício em drogas de Don Diego não pode ser tratado com leviandade, ele era doente. Maradona foi gigante porque era humano e como tal cometeu seus erros e acertos e será lembrado por ambos.
A mão de Deus voltou ao seu lugar. “Adiós, Pibe”.
Honrando o nome do blog, vamos discutir alguns aspectos da tática moderna. Importantes times vem adotando o terceiro zagueiro em seus esquemas e, ao contrário do que pode parecer, tornando a equipe mais ofensiva.
Esquemas táticos são cíclicos, usar três zagueiros não é uma novidade. Da mesma forma que o badalado esquema gegenpressing de Jürgen Klopp, com alta pressão sobre o contra-ataque adversário, um dia será deixado de lado. Assim como o 4-4-2, que durou (e dura) por um bom tempo nos gramados, também deixou de ser utilizado. Corinthians dos anos 2000, por exemplo.
Rápida passagem pela história. Ao longo do tempo o número de zagueiros sempre aumentou. Desde de a pirâmide com dois zagueiros, depois três com o W-M, e, enfim, quatro zagueiros como hoje.
Só lembrando, o W -M utilizava três na defesa, mas de forma bem mais espalhada, bem diferente do atual ou do 3-5-2 de Bilardo, na Argentina.
Carlos Bilardo na Seleção Argentina, acrescentou um zagueiro, ou seja, três centrais e percebeu a possibilidade de se tirar os laterais, pois não haviam mais pontas. Desde Nílton Santos os laterais foram transformados em meio campistas.
Assim o 3-5-2 tomou forma e a Argentina terminou campeã e 86 com três zagueiros e Alemanhã Ocidental também com três atrás, campeã em 1990.
O esquema não durou tanto e em 1994, voltaram os quatro zagueiros com Parreira e o Brasil campeão, permanecendo até agora, somente com variações do meio pra frente, como 4-3-3, 4-1-4-1 etc.
Nesse meio do caminho, em 2002, o Brasil de Felipão foi campeão com três zagueiros, e uma equipe super defensiva, além dos três centrais, os laterais compunham bem a defesa, mais dois volantes à frente, com Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo mais livres no ataque.
O que se percebe agora é o retorno do esquema com três zagueiros em alguns dos principais times da Europa, porém não, necessariamente, defensivos.
O Arsenal de Arteta vem atuando com a 3-4-3. Tierney, Gabriel e Holding fixos atrás, fazem a saída de bola até o meio campo, mas não avançam, enquanto Bellerín (que é lateral de origem) atua como ponta pela direita e Saka joga pela ponta esquerda. Quando se defende os pontas fecham as laterais em um 5-2-3 e quando atacam, Saka vira um quarto atacante, 3-3-4 ou 3-2-5.
Lampard tem alternado o esquema do Chelsea conforme o adversário, as vezes com o 4-3-3 clássico contra times mais fracos ou com o 3-4-3 contra equipes do Big Six, por exemplo.
E neste último domingo (15), a Bélgica bateu a Inglaterra por 2 a 0 na Liga as Nações da UEFA. Ambas as seleções com três zagueiros.
As equipes estavam praticamente espelhadas em um 3-4-2-1, defendiam com cinco e atacavam com cinco também
A seleção brasileira contra a Venezuela na sexta (13), experimentou um sistema híbrido que ainda precisa ser melhorado.
No papel o Brasil jogava com quatro na zaga, mas na prática, contra a fraca Venezuela, o lateral esquerdo Renan Lodi funcionava como ponta, enquanto o lateral direito Danilo como um terceiro zagueiro ou primeiro volante mais pela direita.
Essa forma híbrida não funcionou no ataque (Brasil ganhou no sufoco de 1 a 0). Enquanto a defesa sequer foi testada. A improvisação de lateral em ponta ou em zagueiro não trouxe a mobilidade necessária e enfraqueceu o ataque. Mas será interessante ver esse esquema contra o Uruguai (próximo jogo das eliminatórias para a Copa de 2022).
De qualquer forma, estamos vivenciando o surgimento “de novo” do esquema tático com os três zagueiros e vamos poder ver quais serão os efeitos disso nos principais campeonatos e copa do mundo.
Confesso que não me lembro de ter corrido tanto em um jogo de futebol. Como conseguiram, 22 profissionais, jogarem a bola mais fora do que dentro de campo? Acreditei que assistiria um espetáculo, porém os atores não seguiram meu roteiro.
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